terça-feira, 31 de agosto de 2010

Fim do Jornal do Brasil impresso

31 de Agosto de 2010 é uma data importante para a comunicação. O tradicional Jornal do Brasil circula pela última vez em sua versão impressa. Criada há 119 anos, a publicação acumula R$ 800 milhões em dívidas trabalhistas e fiscais, exatamente por isso optou por manter apenas a versão digital.
Não tem como abrir novamente a discussão sobre o papel e o avanço das mídias digitais sobre o mercado editorial.
Dizer: o livro/jornal/revista vão deixar de existir impressa é o mesmo que cair no clichê de que uma mídia irá engolir sua 'antecessora'. Dificilmente todas as publicações impressas irão deixar de existir, pelo menos nos próximos anos. Mas certamente, todas aquelas empresas que não adequarem seu modelo econômico para esta nova realidade midiática está fadada à extinção.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Beijo Gay no Horário Eleitoral

Nem só de humor, ignorância e vergonha alheia vive o Horário Eleitoral brasileiro. O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) ousa ao exibir um beijo gay em um de seus vídeos do candidato ao governo de São Paulo, Paulo Bufalo.

Segundo o partido, a "intenção da peça publicitária é exibir a diversidade e a pluralidade muitas vezes deixada de lado por meios de comunicação". O beijo não é nada chocante, mas chama a atenção por romper com o conservadorismo, tanto político como da televisão aberta.

Pedro Ekman, diretor do filme, ficou surpreso com a repercussão do vídeo e, em entrevista ao site Terra, declarou que "o que choca é que você não está acostumado a ver isso na TV. Na rua, você até vê mais. O choque é pelo conservadorismo da TV. A sociedade aceita muito mais esse fato do que o que está refletido nos meios de comunicação."

A Rede Globo respondeu à crítica de que o horário político foi mais ousado que as novelas de TV em nota no jornal Folha de São Paulo. "Não achamos que nossas novelas da categoria entretenimento são os veículos adequados para tratar de questões sociais."
"A resposta é engraçada, porque quando convém, ela diz que a novela serve para fazer 'merchandising social'. Quando não convém, porém, ela fala que não serve para isso. É a velha e boa resposta de conveniência" - alfineta Ekman.



Discussões à parte, o fato é que o beijo, por mais que pareça algo pequeno, é um avanço em prol da liberdade, democracia e diversidade.


quarta-feira, 18 de agosto de 2010

E começou a MARATONA DE HUMOR ELEITORAL "GRATUITO"

Menos de 24 horas após ter início o Horário Eleitoral "Gratuito" (entre aspas porque, como bem lembrou @Pudim22654_RJ no twitter, ele custa cerca de R$850 Milhões ao contribuinte) já é notório as bizarrices dos candidatos e o humor ácido dos internautas.

Primeiro o candidato que já é motivo de riso antes mesmo do início Oficial da campanha:
#TIRIRICA
Não tem como não rir de vergonha do Jingle eleitoral, que para quem não ouviu, pode ser conferido AQUI. Em seu site, não tem como não rir dos "depoimentos notórios" que lá se pode encontrar, como de sua esposa, amigos, mãe e até do cunhado!
Mas para rir de desespero e pena de todos os tolos que devem, se não elegê-lo, jogar milhões de votos no lixo é sua propaganda eleitoral em que ele afirma, dentre outras coisas, que vai
ajudar os mais "necessitadô," inclusive a própria família. Além de ceclarar no vídeo, que até faço questão de postar a baixo, não conhecer a real função de um deputado federal:


E a segunda pérola já conhecida nacionalmente é o primeiro vídeo viral da campanha dos presidenciáveis: #Serra Comedor, onde o candidato do PSDB é vítima da duplicidade de um verbo perigoso em nossa língua.
Tentando se comparar com brasileiros 'comuns', Serra diz que é "como a Vânia, que é a sua mulher, como o Damião, como a Andréia, como a dona Maria". Aí já viu neh... o vídeo espalhou pleas redes sociais e é um dos assuntos mais "relevantes" da web.



E o melhor (ou não) é que não para por aqui, de agora para os próximos dias vamos poder rir de nós mesmos, de nossos candidatos e da nossa ignorância alienada refletida nas urnas.

Primeiro Debate On Line

Acabou por volta da uma e vinte da tarde o primeiro debate on-line entre presidenciáveis, promovido pela parceria Folha de São Paulo e o provedor de conteúdo UOL. As impressões de quem se saiu melhor, quais as melhores propostas e respostas, deixo para os comentaristas políticos. Reservo este post para falar dos benefícios deste debate.
Antes de mais nada é preciso dizer que "debate é debate" e seja ele em TV, Rádio, Internet ou em Praça Pública. Sempre temos candidatos falando bem do governo atual, outros atacando, o passado sempre vindo em voga, hipocrisias e politicagem (em todos os sentidos que a palavra permite), sendo jogada aos ventos.

Todavia, temos um benefício incomparável, a cima de tudo nesse caso, para o país e sua política: o debate entre a população. Que neste caso, a população de internautas.
Só para ter uma base: em todo o mundo a tag oficial tag #debatefolhauol foi o mais comentado, perdendo apenas pelo nome da presidenciavel Marina Silva. E isto é histórico e louvável na rede, pela primeira vez o Brasil está digitando e discutindo sobre política, e não propagando piadas internas e sem nenhuma consistência construtiva.

Pode parecer pouco para alguns, mas tendo tantos jovens, influenciadores e formadores de opinião conectados para discutir sobre o futuro do país, só poderemos ter um Brasil mais consciente e político, mesmo que os resultados nas urnas ainda reflita a ignorância e alienação de toda uma população, uma nova geração de eleitores poderá mudar isso.
Uma pequena revolução das redes sociais e um gigantesco benefício para todos nós.


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