segunda-feira, 1 de agosto de 2011

O Poder das Mídias Sociais no Brasil - O Futuro Será Poderoso?

A preocupação das empresas com sua reputação nas Mídias Sociais está cada vez maior. Muitas vezes superior a vontade de propagandear e até mesmo vender no ambiente online. A atual percepção é de que uma marca pode ter uma perda incalculável de sua imagem perante ao mercado. Podendo até ser irreversível. 
É exatamente por isso que os mercados de SAC 2.0 e o monitoramento na rede, aspectos centrais deste post, estão cada vez mais em expansão. Isso sem mencionar no Marketing em si e a Geração de Conteúdo para as Redes Sociais. Esta é a tendência do início desta nova década, mas será que será que nos próximos anos o futuro será tão poderoso assim?


Considerando o fato de que menos de uma década atrás nosso conceito de amizade era completamente diferente, comunidades conectadas ainda era uma utopia e as empresas  nem imaginavam o poder que teriam nas mãos com as Mídias Sociais, prever um futuro para este movimento é trabalho de astrólogo ou vidente. 
Todos nós ainda estamos aprendendo com este mercado embrionário. Crescendo em paralelo. Mas ainda nos resta uma forma de agir com mais prudência, nos preparando para o que vem por aí. Podemos prever tendências.

Ameaça Invisível
Fóruns de discussão, reclamações no Twitter e protestos calorosos no ReclameAqui causam dores de cabeça em qualquer Social Media de plantão. Nenhuma empresa quer a sua marca envolvida com críticas negativas. Cases como o da BrastempArezzo e Telefônica mostram como a imagem pode ser abalada em questão de poucas horas no ambiente online.
Cada vez mais agências de comunicação digital e relações públicas estão se especializando em reversão de crise nas Mídias Sociais. Segundo Maristela Mafei, fundadora da agência Máquina Public Relations, em recente entrevista para o PR Interview  "O fortalecimento das mídias sociais despertou uma nova realidade para o mercado de comunicação. A interação e a agilidade, que sempre foram importantes, ganharam ainda mais relevância, e os produtos e os serviços de comunicação que não seguirem essa linha não terão espaço no mercado."

A questão para se pensar é: até quando vai continuar relevante para os internautas replicar informações negativas das empresas? 

Velocidade e Vínculos Fracos
Uma das maiores preocupações é a velocidade em que as informações viajam pelas redes sociais. Mas aqui vale destacar a velocidade em que estas mesmas informações caem no esquecimento.
O escritor americano Malcolm Gladwell afirmou no final do ano passado, em artigo da revista "The New Yorker", que a Revolução Não Será Twittada. Isso porque, segundo ele, “As plataformas dessas redes são construídas em torno de vínculos fracos. O Twitter é uma forma de seguir (ou ser seguido por) pessoas que talvez nunca tenha encontrado cara a cara. O Facebook é uma ferramenta para administrar o seu elenco de conhecidos, para manter contato com pessoas das quais de outra forma você teria poucas notícias. (...) vínculos fracos raramente conduzem a ativismo de alto risco.”
Partindo deste argumento e da observação das "revoluções" citadas no artigo, podemos observar uma inflada nuvem de contestadores sendo dizimadas em poucos instantes. O mesmo pode ser aplicado para consumidores 2.0? 
Muito provavelmente sim. O consumidor, quando atendido pela empresa, passa inclusive falar bem da mesma e os seus "amigos", mesmo ainda na fase de indignação e críticas, tendem a dedicar cada vez menos tempo e espaço para replicar estas mensagens.

Tatuagem
O grande problema em questão não é apenas os consumidores difamando as marcas por um período curto de tempo. E sim a característica de tatuagem presente na internet. Uma vez que certa informação é postada na rede, ele jamais desaparecerá.
Por mais que o conteúdo original seja apagado, as milhões de reproduções tornam praticamente impossível apagar uma mancha alastrada no ambiente online.

Até Quando Social?
Existe uma linha de crescimento notável no uso das Mídias Sociais em todo o mundo. Porém, quem garante que esta linha continuará a crescer? Como saber se de um dia para o outro as pessoas não vão deixar de se interessar com o compartilhamento de informações e manutenção de grupos sociais online?
Muito provavelmente a tendência das pessoas ficarem cada vez mais conectadas umas as outras, principalmente com a mobilidade tecnológica, é relativamente alta para os próximos anos. Mas afirmar com absoluta certeza de que esta é uma verdade universal pode ser tão errôneo como foi prever no início do século passado que os carros iriam voar nos anos 2.000.

Vale lembrar que não estamos falando de 2012 ou 2013 mas dos próximos 8 ou 12 anos. Não podemos nos acostumar apenas com pensamentos instantâneos e planejamentos a curto prazo. Pensar sobre o futuro é essencial na hora das empresas investirem em uma tendência ou um profissional em sua formação.

Respostas
Sobre o futuro do poder e impacto das mídias sociais não há uma resposta definitiva, muitas são as possibilidades. Este é um debate retórico que tem uma relevância considerável justamente pelo seu aspecto de não querer ser definitivo, mas sim um ciclo em constante evolução e transformação.

E você, o que acha do futuro nas Mídias Sociais? Ele será tão poderoso como promete?!


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