A década de noventa teve o surgimento e ascensão, no Brasil, de uma nova forma de ver televisão. Contrariando todas as convenções de que TV é um meio de comunicação de fácil acesso e gratuito, chegou a TV Paga no país, cuja regulamentação constava de decreto do presidente José Sarney, de 23 de fevereiro de 1988.
A promessa de segmentação de programação, onde os amantes de seriados, desenhos, notícias, filmes, documentários e afins podem se realizar por completo, pagando um preço por isto, não está sendo comprida, pelo menos no Brasil, após mais de duas décadas do início da comercialização da TV por assinatura no país.
Caso você seja assinante de alguma operadora de TV paga (cabo ou satélite) sabe bem do que estou falando.
Não vou nem me deter aqui a comentar sobre opéssimo atendimento ao cliente oferecido pelas operadoras, tão pouco da não-cobertura das operadoras que utilizam da tecnologia à cabo, no país. Existem certos fatores que comprometem ainda mais a qualidade do serviço. Para não me estender muito no discurso, vou frisar "apenas" seis.
E olha quem nem comentei sobre o excesso de canais religiosos, de vendas e do alto custo dos filmes vendidos em Pay-Per-View.
Caso você seja assinante de alguma operadora de TV paga (cabo ou satélite) sabe bem do que estou falando.
Não vou nem me deter aqui a comentar sobre o
- O primeiro deles é a excessiva reprise: Segundo uma reportagem da FolhaOnline, 03/05, 55% dos longa-metragens foram reprisados ao longo de abril. Tendo o filme "Mais Velozes, Mais Furiosos" alcançando a marca de 29 reapresentações em um único mês. Segundo os canais, um doa motivos da excessiva reprise é a oportunidade de criar horários alternativos para os clientes. Mas, cá entre nós, se uma pessoa não conseguir ver um filme em 29 oportunidades no mês, definitivamente esta pessoa não está muito interessada em ver o longa.
- Uma característica que não condiz com a realidade dos dias de hoje é a longa espera para estreia de séries: Um seriado que é exibido às 20:00 de hoje nos Estados Unidos, maior influenciador da nossa TV, em menos de doze horas já está disponibilizado para download na internet e com legenda em português disponível. O problema é que para quem paga para assistir a esta mesma programação, precisa esperar cerca de dois meses para que um canal a exiba.
- Além de ter que lidar com a paciência, para esperar uma programação e vê-la em demasia, o cliente ainda se depara com os irritantes comerciais repetitivos sobre a própria programação: Não vou nem comentar sobre a questão de se pagar para ver uma programação e ser submetido a intervalos comerciais, já que a venda de produtos destinado a determinados públicos de nichos é perfeita para este meio. O que realmente irrita são os canais que, muitas vezes, nem exibem publicidade comercial, mas insistem em interromper a programação para exibir propaganda sobre sua própria programação. Você vê tanto um anúncio de filme, série ou afins, que enjoa do programa, antes mesmo dele ser exibido.
- Mas existe algo que irrita mais do que esta infinidade de publicidade institucional, e não estou nem falando do excesso de intervalos. Uma das piores coisas da TV Paga, sem sombra de dúvida, são os comerciais Polishop: Ninguém aguenta mais àqueles irritantes, repetitivos e enganosos comerciais que subestimam a capacidade intelectual do telespectador vendendo produtos milagrosos, como a escada-faz-tudo, o lavador à jato ultra-potente, o fazedor de suco que vale por uma cozinha completa, Grills vendidos por lutadores de boxe aposentados e os "milagrosos" produtos para emagrecer.
- A baixa qualidade e variedade de programação nacional é outro fator que pesa contra a TV paga: O atual monopólio da GloboSat, que controla parte da Sky e Net (as duas maiores empresas do setor que possuem cerca de 75% do mercado), torna o assinante refém de uma programação nacional, quase que totalmente, oferecida pela mesma empresa, que domina também a TV Aberta no país. Permitindo então, com a quase inexistente concorrência, uma qualidade aquém da esperada para uma TV por assinatura.
- A concentração de mercado é, em partes, responsável pelo alto custo das assinaturas: Uma assinatura média atualmente custa cerca de 130,00 (quase 30% do salário mínimo no país), mas os planos podem chegar a quase 300,00. O problema não é nem tanto o valor das assinaturas, mas o seu custo. Afinal, apesar de a Classe C estar começando a conhecer o serviço, a TV Paga sempre foi direcionada para as Classes A e B. O que pesa mesmo na questão é o custoXbenefício. Eu, particularmente, não acho que o benefício, atualmente oferecido no país, seja relativo ao custo que é cobrado dos assinantes. Desejaria que fosse, mas, infelizmente, não é.
E olha quem nem comentei sobre o excesso de canais religiosos, de vendas e do alto custo dos filmes vendidos em Pay-Per-View.
Um comentário:
Cara, isso é uma verdade!
eu desisti de ver TV faz tempo, as vezes acontece, mas não pq procuro.
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O lance é q quando vc quer ver "algo", c não encontra NADA e se parar p pensar fica abismado: tipo, 100 canais a mais do q a TV aberta e nada de interessante p ver???
só reprises e reprises?????
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da ódio...
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Q nem Telecine, tem 5 telecines, e RARAMENTE tem filme bom passando =/
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bem, os comerciais matam de raiva, irritantes e repetitivos ao EXTREMO.
por isso desisti...
aqui é bem melhor, e fazer algo junto com outra pessoa (namorada) já vale muito mais do q TV^^
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apoiado na postagem!
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abraços.
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